segunda-feira, 1 de julho de 2013

ATUALIDADES

               MAIS UM ASSUNTO QUE PODE SER TEMA DE REDAÇÃO DO ENEM 2013
AS FÉRIAS COMEÇARAM, MAS NÃO ESQUEÇAM DE LER BONS LIVROS E ACOMPANHAR OS ACONTECIMENTOS DO BRASIL E DO MUNDO!

O plebiscito sobre Reforma Política

Discussões sobre a reforma política surgem com a proposição de se realizar um plebiscito sobre a criação de uma constituinte específica para esse fim.

No dia 24 junho de 2013, a presidente da república, Dilma Rousseff, anunciou, em uma reunião ampliada envolvendo 27 governadores e 26 prefeitos das capitais brasileiras, a realização de cinco pactos em prol de melhorias para diversos setores do país. Dentre eles, o ponto mais polêmico sem dúvida foi o que se referia à criação de um plebiscito para a elaboração de uma constituinte exclusiva para a Reforma Política no Brasil. Logo depois, no entanto, o Governo desistiu da Constituinte Exclusiva e deliberou pela realização do plebiscito para aprovar diretamente os pontos da reforma política.
Tal ação foi uma resposta à proliferação de protestos que faziam reivindicações pela revogação do aumento das tarifas no transporte público em diversas capitais do país. Após conseguir derrubar esse aumento, as manifestações ampliaram suas pautas, que passaram a envolver temas como corrupção, melhorias na saúde e na educação, mobilidade urbana e, em meio a muitos outros pontos, a Reforma Política.
Uma primeira consideração sobre essa questão é de que a proposição dessa reforma não é uma novidade na história recente do país. Desde 2008, na verdade, que o Governo Federal vem tentando executá-la, porém sem sucesso. A última investida havia ocorrido no mês de Abril de 2013, quando a própria base do governo não chegou a um consenso sobre a questão.
O que se percebe então é que o Governo aproveitou a ocasião dos protestos e a insatisfação popular para retomar e pressionar o congresso a aprovar essa pauta. Vale lembrar que a realização do plebiscito ainda precisa ser debatida e aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
O que é uma constituinte exclusiva?
Uma constituinte, ou assembleia constituinte, é um órgão colegiado, formado por representantes de diversas frentes e previamente eleitos, elaborado para redigir, revisar ou reestruturar uma Constituição. No caso de uma constituinte exclusiva significa que ela deverá ser criada para atender a um único ponto ou tema da Constituição que, no caso, refere-se à estrutura política e eleitoral brasileira. Alguns juristas chamam a constituinte exclusiva de miniconstituinte.
Existe quem afirme que a sua elaboração é ilegítima, pois a Constituição não poderia ser alterada em apenas um ponto ou outro. Ou seja, a constituinte teria o poder para alterar o que quiser, o que é encarado como um ato “antidemocrático”. Vale lembrar, no entanto, que essa posição não é unânime mesmo entre os juristas.
Com o andar das discussões, no entanto, o Governo então anulou a proposta de elaboração de uma constituinte e decidiu propor a realização do plebiscito para aprovar diretamente os pontos da Reforma Política.
E quais são os pontos da Reforma Política?
Por ora, não é possível falar exatamente quais serão os pontos da Reforma Política no Brasil. Isso porque o tema ainda envolverá diversos debates entre a população e o congresso a fim de verificar a viabilidade e as consequências das mais diversas decisões. No entanto, algumas pautas já vêm sendo há muito tempo debatidas e possuem grandes chances de entrarem nessa questão, vejamos algumas delas:
a) Financiamento público de Campanha
Atualmente, o financiamento das campanhas eleitorais conta com uma verba pública – chamada de fundo partidário – e uma verba privada – que cada candidato ou partido consegue da sua própria forma, por meio de doações. A crítica a esse modelo é a de que grandes empresas arrecadam fundos para campanhas milionárias de candidatos que, ao serem eleitos, governam em prol delas e não em benefício da população.
A ideia do financiamento público de Campanha seria uma forma de coibir essa prática, fixando apenas um fundo público que seria destinado a essas campanhas, essas estariam proibidas de produzir materiais ou realizar quaisquer atos que se manifestem em forma de campanha eleitoral que sejam financiados por bens particulares.
b) Fim de privilégios aos parlamentares
Essa proposta também é bastante comentada e possui muita simpatia entre as camadas sociais. Refere-se ao fim de privilégios dados a parlamentares, como oforo privilegiado que preconiza que os crimes praticados por políticos passem a ser julgados pela justiça comum e não mais por um ordenamento superior. Além dessa proposta, existe a ideia de extinção de benefícios e gratificações às autoridades políticas, como férias de 60 dias, 14º e 15º salários, dentre outros.
c) Candidatura sem partido
Existem também propostas que envolvem a elaboração de uma cota mínima para a inscrição de candidatos que não possuam partidos políticos. Essa reivindicação surge em meio à onda de protestos que se recusam a integrar manifestações partidárias em suas manifestações. Os critérios e o percentual para candidaturas avulsas ainda não são muito claros e deverão ser definidos, caso aprovada essa proposta, pela própria comissão que ficará a cargo da elaboração da reforma política.
d) Fidelidade partidária
Atualmente, mesmo que eleito por um partido, um político pode deixar sua sigla e/ou migrar para outra filiação partidária. No entanto, o partido político pode requisitar na justiça o mandato que lhe pertence por lei. A ideia é alterar esse sistema que não só impede a mudança de partido como também exige que o candidato só possa mudar de sigla com, pelo menos, seis meses de antecedência.
e) Eleições proporcionais
Nem sempre um candidato é eleito por maioria simples. Muitas vezes, alguns candidatos se elegem por conta da proporção de votos que o seu partido ou coligação receberam em toda eleição. Assim, um candidato a vereador ou deputado que, por exemplo, tenha recebido 2.000 votos pode ganhar de outro que tenha recebido 2.500 pelo simples fato de sua coligação ter angariado, ao todo, um número maior de votos, através de outros candidatos.
A proposta é a de acabar com essa regra e estabelecer o voto universal direto, em que apenas os candidatos com maioria absoluta sejam eleitos.
f) Distribuição do horário eleitoral gratuito
Atualmente, o tempo de TV e Rádio para a realização do horário eleitoral gratuito é distribuído igualmente entre os partidos e não entre as coligações e candidaturas. Por conta disso, as alianças formadas pelo maior número de partidos ganham mais tempo e, portanto, possuem mais chances de convencer o eleitorado.
A proposição é a de se distribuir igualitariamente o tempo de campanha entre as candidaturas, independente do tamanho das respectivas bases aliadas, o que, em tese, acabaria com o que é chamado de “comércio de siglas” em que apoios são trocados por cargos políticos após as eleições.
Por fim, vale lembrar que essas propostas apresentadas não obrigatoriamente entrarão na pauta de Reforma Política proposta pelo governo, isso vai depender do andamento dos debates e se o congresso irá aprovar a realização do plebiscito para esse fim. Além disso, podem surgir novos pontos nesse ínterim, como o voto facultativo, fim da reeleição, dentre outros fatores.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

PROPOSTA DE REDAÇÃO – DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA

TEMA – Eutanásia: quem decide a hora certa de morrer?

As denúncias envolvendo a médica Virgínia Helena de Souza, acusada de antecipar a morte de pacientes na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, Paraná, reacenderam, neste ano, a polêmica sobre um assunto antigo: a eutanásia. A palavra de origem grega significa boa morte e refere-se ao direito que os indivíduos teriam de optar por encerrar a vida de modo antecipado e sem dor. Isso é visto por muitos como um alívio aos doentes incuráveis que sofrem exageradamente, por longos tempos, no aguardo da morte. Há países, como Holanda e Bélgica, nos quais a eutanásia é legalizada, mas, no Brasil, é crime. O tema desperta muitas discussões: se estiver consciente, o doente tem o direito de decidir quando parar de viver? E se estiver inconsciente, a família poderia ter esse direito? Caso fosse legalizado, quem teria a tarefa de ajudar o doente a provocar a própria morte? E os médicos, como deveriam agir, já que juraram defender a vida? Queremos saber a sua opinião sobre o assunto. Leia os textos de apoio e depois escreva uma dissertação argumentativa de até 30 linhas. Posicione-se, defenda seu ponto de vista com argumentos bem fundamentados e apresente propostas indicando como a sociedade deve lidar com essa questão.

ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR:

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Javier Bardem, em cena de "Mar adentro", filme espanhol que discute a eutanásia e ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2004
Legislação brasileira
O Código Penal Brasileiro Atual não fala em eutanásia explicitamente, mas em "homicídio privilegiado". Os médicos dividem a prática da morte assistida em dois tipos: ativa (com o uso de medicamentos que induzam à morte) e passiva ou ortotanásia (a omissão ou a interrupção do tratamento). Hodiernamente, no caso de um médico realizar eutanásia, o profissional pode ser condenado por crime de homicídio – com pena de prisão de 12 a 30 anos – ou auxílio ao suicídio – prisão de dois a seis anos.
No mesmo diploma legal, a Eutanásia passiva, tema de nosso maior interesse, está atualmente tipificada como crime previsto no artigo 135, intitulado omissão de socorro.
"Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível faze-lo sem risco, à criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparado ou em grave e eminente perigo; ou não pedir, nesses casos socorro da autoridade pública:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se da omissão resultar lesão corporal de natureza grave, e triplica, se resulta a morte." (Grifo nosso)
Bem próximo da eutanásia está o suicídio assistido, mas não se confundem. Nem o suicídio assistido se confunde com a indução, instigação ou auxílio ao suicídio, crime tipificado no artigo 122 do Código Penal. Na eutanásia, o médico age ou omite-se. Dessa ação ou omissão surge diretamente a morte. No suicídio assistido, a morte não depende diretamente da ação de terceiro. Ela é conseqüência de uma ação do próprio paciente, que pode ter sido orientado ou auxiliado por esse terceiro.

"Quero desentulhar a UTI
Virgínia Helena Soares Souza, a médica responsável pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da entidade, que está presa desde anteontem, foi indiciada sob suspeita de homicídio qualificado, segundo apurou a Folha. Ela nega qualquer crime.
Nas investigações, iniciadas há um ano, foram gravadas falas da médica no hospital. "Quero desentulhar a UTI, que está me dando coceira", disse Virgínia, segundo áudio divulgado pelo "Jornal Nacional".
Em outro trecho, ela diz: "Infelizmente é nossa missão intermediá-los [os pacientes] do trampolim do além".
Há indícios, diz a polícia, de que pacientes do SUS (Serviço Único de Saúde) tenham sido mortos como forma de "liberar" vagas na UTI para pacientes que pagariam pelo serviço. A polícia suspeita que aparelhos foram desligados e medicações foram suspensas.

Holanda e Bélgica
Desde que entrou em vigor na Holanda, no dia 1º de abril de 2002, "o texto da lei não sofreu modificações, mas evoluiu, de forma que os médicos a entendem", disse à AFP a porta-voz do Ministério holandês da Saúde, Inge Freriksen.
Na Holanda, a eutanásia é permitida desde que o paciente a solicite, em plena posse de suas faculdades mentais, demonstrando que é vítima de sofrimentos "insuportáveis e intermináveis", devido a uma doença incurável.
Cerca de um terço dos pedidos "sérios" são aceitos pelos médicos. "O conceito de 'sofrimento insuportável' tornou-se mais claro" ao final dos anos, destacou Eric van Wijlick, um dos dirigentes da Sociedade Real de Médicos (KNMG), que representa mais da metade dos profissionais holandeses.
Em 2011, a eutanásia foi praticada pela primeira vez na Holanda, com um paciente que sofria de Alzheimer em estado avançado. (...)
A maioria dos 3.136 enfermos submetidos a essa prática em 2010, na Holanda, era composta por pessoas que sofriam de câncer. Cerca de 80% deles preferiram morrer na própria casa.

Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;

Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;

Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;

A redação deve ter no mínimo 20 e no máximo 30 linhas escritas;

Não deixe de dar um titulo à sua redação.

Entregue o seu texto na Folha de Redação.




terça-feira, 28 de maio de 2013

REDAÇÃO – 3º ANO ENS. MÉDIO.
ENEM 2013
 DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
                                                              PROFESSOR ALESSANDRO SOARES

Dissertação Expositiva: o autor somente informa o leitor sobre determinado tema, sem o propósito de convencimento, não é importante obter adesões ao seu ponto de vista.
Exemplo:  

Quando a democracia surgiu na Grécia, por volta de 500 a.C., os atenienses fizeram questão de traçar uma linha nítida entre as esferas públicas e privadas. O poder do estado terminava onde começava a privacidade do lar. No âmbito doméstico, reinava a vontade do patriarca que tinha o poder de determinar os direitos e deveres de seus filhos, mulher e escravos. Para os gregos não havia atividade mais apaixonante e gloriosa do que participar da condução da polis. A política  era a maneira civilizada de decidir os destinos da nação por meio do diálogo e da persuasão. O cidadão revelava sua grandeza de espírito e sua importância para a comunidade no debate de idéias, na defesa de proposições e nas vitórias no âmbito público. Um homem que levasse uma vida exclusivamente privada não passava de um insignificante animal doméstico, incapaz de participar da elaboração das decisões políticas que afetavam os destinos da nação.

O parágrafo acima que acabamos de ler é um exemplo típico da exposição que tem por objetivo informar o leitor sobre um aspecto específico importante para o desenvolvimento textual. Nota-se que o autor recupera informações de natureza histórica sobre a relação entre as esferas pública e privada na  democracia grega de 500 a.C. Faz isso porque pretende discutir como é feita essa mesma relação, na democracia moderna.


Dissertação Argumentativa: O texto dissertativo-argumentativo é um texto opinativo que se organiza na  defesa de um ponto de vista sobre determinado assunto. Nele, a opinião é fundamentada com explicações e argumentos, para formar a opinião do leitor ou ouvinte, tentando convencê-lo de que a ideia defendida está correta. É preciso, portanto, expor e explicar ideias. Daí a sua dupla natureza: é argumentativo porque defende uma tese,  uma opinião, e é dissertativo porque se utiliza de explicações para justificá-la.
Seu objetivo é, em última análise, convencer ou tentar convencer o leitor mediante a apresentação de razões, em face da evidência de provas e à luz de um raciocínio coerente e consistente.
A sua redação atenderá às exigências de elaboração de um texto dissertativo-argumentativo se combinar dois princípios de estruturação:


I – apresentar uma tese, desenvolver justificativas para comprovar essa tese e  uma conclusão que dê um  fecho à discussão elaborada no texto, compondo o processo argumentativo.

TESE – É a ideia que você vai defender no seu texto. Ela
deve estar relacionada ao tema e deve estar apoiada em argumentos ao longo da redação.
ARGUMENTO – É a justificativa utilizada por você para
convencer o leitor a concordar com a tese defendida.
Cada argumento deve responder à pergunta “por quê?”  em relação à tese defendida.
ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS – São recursos
utilizados para desenvolver os argumentos, de modo  a convencer o leitor:
ƒƒ⦿ exemplos;
ƒƒ⦿ dados estatísticos;
ƒƒ⦿ pesquisas;
ƒƒ⦿ fatos comprováveis;
ƒƒ⦿citações ou depoimentos de pessoas  especializadas no assunto;
ƒƒ⦿ alusões históricas; e
ƒƒ⦿comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos

II – utilizar estratégias argumentativas para expor o problema discutido no texto e detalhar os argumentos utilizados.
 


É bom lembrar que, na prova de redação do ENEM, além de você ter que defender uma tese, deverá apresentar uma proposta de intervenção, isto é, uma conclusão na qual será proposta uma solução para o tema polêmico apresentado. Eis um exemplo:
Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambiental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobrevivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, problemas ambientais que afetam a população.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemática.
O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnológica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se transformar na salvação do mundo.
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral precisam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a “ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.
Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textual dissertativa assim organizada:
1º parágrafo: Introdução com apresentação da tese a ser defendida;
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambiental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobrevivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.
2º parágrafo: Há o desenvolvimento da tese com fundamentos argumentativos;
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, problemas ambientais que afetam a população.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemática.
3º parágrafo: A conclusão é desenvolvida com uma proposta de intervenção relacionada à tese.
O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnológica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se transformar na salvação do mundo.
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral precisam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a “ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.

RESUMINDO, a estrutura da dissertação apresenta as seguintes partes:

TÍTULO: não confunda com TEMA nunca! Título é a delimitação do tema, é mais específico. TEMA é o assunto. No texto acima, o título é “Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução”, enquanto o tema é meio-ambiente. Muitos apressados acabam usando o tema da redação como título, não faça isso!

·                    INTRODUÇÃO: apresenta-se a ideia ou o ponto de vista que será defendido (O IDEAL É QUE SEJA FEITA EM UM ÚNICO PARÁGRAFO, ASSIM COMO A CONCLUSÃO).
·                    DESENVOLVIMENTO OU ARGUMENTAÇÃO: desenvolve-se o ponto de vista (para convencer o leitor, é preciso usar uma sólida argumentação, citar exemplos, recorrer a opiniões de especialistas, fornecer dados, etc);
·                    CONCLUSÃO OU PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: dá-se um fecho coerente com o desenvolvimento, com os argumentos apresentados, bem como uma possível solução para o problema em análise.


AGORA É A SUA VEZ! ESCREVA UMA DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA SOBRE O TEMA:

Deve-se reduzir a maioridade penal no Brasil?

Toda vez que um crime cometido por um menor de idade ganha evidência na mídia, cria-se uma comoção nacional e a polêmica envolvendo a maioridade penal vem à tona. Isso ocorreu recentemente, após um jovem prestes a completar 18 anos ter assassinado um universitário por causa de um celular, no início de abril, em São Paulo. Pesquisa Datafolha, uma semana depois do fato, revelou que 93% dos paulistanos eram favoráveis à redução da maioridade penal, uma vez que, no Brasil, os menores de 18 anos não respondem criminalmente por seus atos. Dezesseis anos é a idade mais cogitada para marcar esse limite. A principal alegação apresentada na defesa dessa mudança é o precoce amadurecimento do jovem, que hoje tem fácil acesso a informações e discernimento suficiente inclusive para votar. No entanto, os opositores dessa mudança alegam que outros casos surgirão com jovens (ou até crianças) com idades inferiores a essa, uma vez que as causas do problema não estariam sendo combatidas. Queremos saber qual é a sua opinião sobre esse assunto. Deve-se alterar a maioridade penal no Brasil?



93% a favor da redução

Pesquisa Datafolha mostra que 93% dos moradores da capital paulista concordam com a diminuição da idade em que uma pessoa deve responder criminalmente por seus atos. Outros 6% são contra, e 1% não soube responder.



Em consultas anteriores, em 2003 e 2006, a aprovação à medida pelos moradores da cidade foi de 83% e 88%, respectivamente -a margem de erro era de dois pontos.
Sobre a idade a partir da qual um adolescente deveria passar a ser responsabilizado criminalmente, parte dos entrevistados, em respostas espontâneas (sem haver opções no questionário), defende que menores de 16 anos sejam enquadrados.
Um levantamento da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República em 53 países aponta que 42 adotam a maioridade penal a partir dos 18 anos.
Entre os que responsabilizam mais jovens estão os EUA -a partir dos 12 anos, dependendo do Estado.
O debate sobre a alteração na legislação voltou à tona depois do assassinato do universitário Victor Hugo Deppman, 19, mesmo sem ter reagido a um roubo de celular no último dia 9 em São Paulo.
O suspeito pelo crime é um jovem que estava a três dias de fazer 18 anos. Ele foi detido e levado para a Fundação Casa (antiga Febem). 
Na avaliação de Paulino, a alta aprovação à redução da maioridade penal está dentro do contexto de violência praticada por um adolescente. 
O levantamento feito em 2003 também foi realizado pouco tempo depois da morte de um casal de namorados (Liana Friedenbach, 16, e Felipe Caffé, 19) por um jovem que na época tinha 16 anos - conhecido como Champinha.


 


OAB: redução não resolve

Brasília – O assassinato, na semana passada, do estudante Victor Hugo Deppman, de 19 anos, com um tiro disparado por um adolescente de 17 anos, em São Paulo, trouxe de volta ao debate a redução da maioridade penal, tema controverso sobre o qual a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sempre se posicionou contrariamente. Segundo o presidente nacional da entidade, Marcus Vinicius Furtado, a criminalidade envolvendo crianças e adolescentes requer atenção especial das autoridades e de toda a sociedade, mas não se deve deixar que a comoção leve a caminhos que não irão resolver o problema, mas apenas agravá-lo.
“Seria um retrocesso para o país, além de transformar o menino num delinquente sujeito à crueldade das prisões”, afirmou. “É a negação de tudo que podemos imaginar para o futuro”. Para Marcus Vinicius, a criminalidade e a violência entre os jovens precisam ser enfrentados a partir de um trabalho social muito forte. “Um pouco de dignidade já resolveria muita coisa”, disse, lembrando a falta de perspectiva que leva muitos adolescentes a buscar o caminho das drogas e da criminalidade.

Observações:

Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;

Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;

Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;

A redação deve ter no mínimo 20 e no máximo 30 linhas escritas;

Não deixe de dar um titulo à sua redação.

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